Obturação prateada amálgama: quando trocar por resina composta?

Com o avanço da tecnologia e dos estudos na área de Engenharia de Materiais, a Odontologia foi, e vem sendo cada vez mais, agraciada com a chegada de novas substâncias para que o paciente receba um tratamento dentário que devolva estética e função a longo prazo, o que faz com que a obturação prateada amálgama não seja a melhor opção atualmente.

A obturação prateada de amálgama está perdendo o seu lugar como material restaurador.

A substituição se dá através de materiais mais estéticos e com características que podem devolver a funcionalidade, como a resina composta.

Qual é a diferença na composição dos materiais?

A obturação prateada de amálgama é uma liga metálica composta, principalmente, por mercúrio e prata.

Mesmo sendo composta pelo mercúrio, um material tóxico, quando bem manuseado não oferece risco a saúde do paciente e do profissional.

A resina composta possui matrizes orgânica e inorgânica em sua constituição, além de um agente químico (geralmente o silano) que as une.

Pode ser classificada, de acordo com o tamanho das suas partículas, em: macro, micro, híbrida e microhíbrida. Quanto menores as partículas, mais estética é a resina composta.

Qual é melhor: obturação prateada de amálgama ou restauração com resina composta?

Assim como a maioria dos questionamentos na área da saúde, a resposta é: depende.

Depende do paciente, dos seus hábitos de higiene bucal, da faixa de preço procurada, de qual dente receberá a obturação, dentre outros fatores; apenas o cirurgião dentista poderá dizer, após avaliação, qual é o material indicado para cada caso.

               Mas, de forma básica e resumida, tenha em mente que:

 OBTURAÇÃO COM RESINA COMPOSTAOBTURAÇÃO PRATEADA DE AMÁLGAMA
INDICAÇÃORestaurações menoresRestaurações maiores
DURABILIDADE APROXIMADA10 anos30 a 40 anos
ESTÉTICAMelhorPior
CUSTOMaiorMenor

Por que e quando trocar a obturação prateada de amálgama?

Alguns fatores, por exemplo a estética, fazem com que o próprio paciente portador de obturação prateada de amálgama sinta a necessidade da substituição pela resina composta.

Outros, como o risco de fraturas, infiltrações e durabilidade podem ser observados em uma consulta de rotina com o cirurgião dentista.

Somente ele será capaz de afirmar se há, ou não, a necessidade da troca da obturação prateada de amálgama pela resina composta.

Estética

Por parte dos pacientes, a maior procura para a substituição da obturação prateada de amálgama por resina composta se dá por queixa estética, devido à sua cor metálica que escurece ainda mais ao longo dos anos.

A resina composta possui diferentes tonalidades que se camuflam de forma perfeita ao dente natural, passando a impressão visual de que não há restauração ali, quando bem adaptada.

Menor risco de fraturas e consequentes infiltrações

O preparo cavitário, ou seja, a quantidade de dente desgastado para que a obturação prateada de amálgama seja colocada ao dente, deve ser relativamente grande e com algumas particularidades.

 Isso porque a liga metálica possui a necessidade de retenção mecânica para permanecer aderida ao dente.

Dessa forma, mesmo que o paciente possua uma cárie pequena, o cirurgião dentista precisará desgastar dente sadio para que a obturação prateada de amálgama se acomode da forma adequada.

O amálgama ainda possui a característica de sofrer expansão tardia: mesmo após alguns anos como material obturador, pode ser que se expanda e acabe fraturando a porção de dente sadio.

Esse processo é conhecido popularmente como infiltração. É nesse momento em que a troca da obturação prateada de amálgama é fundamental para que não haja colonização bacteriana nas fendas formadas e consequente formação de cárie.

A resina composta, ao contrário da liga metálica, adere ao dente através de um sistema adesivo e não há a necessidade de preparo cavitário com retenção mecânica. Por isso, a porção de dente desgastado é mínima.

Esse sistema é composto por um ácido e um adesivo.

O primeiro desmineraliza uma porção dentária para que o adesivo penetre de forma adequada e a resina, literalmente, cole no dente.

A resina ainda possui a vantagem de não sofrer expansão com o tempo. 

Durabilidade

Apesar da diferença comparativa em relação à durabilidade da obturação prateada de amálgama e da resina composta, o futuro é favorável para o segundo material.

Atualmente, existem resinas que possuem materiais cerâmicos em sua composição.

Eles são capazes de aumentar a durabilidade da restauração, chegando a um tempo próximo (ou até mesmo superior) da obturação prateada de amálgama.

Por que e quando não trocar a obturação prateada de amálgama?

Assim como qualquer material sintético, a resina composta também possui suas desvantagens.

 Infelizmente, ainda não existe no mercado um material obturador perfeito e que seja idêntico ao dente natural.

Vale reforçar que apenas o cirurgião dentista é capaz de avaliar o seu caso e indicar se há a necessidade de troca da obturação prateada de amálgama pela resina composta.

Alteração de forma e cor

Os dentes posteriores restaurados com resina composta, por sofrerem os efeitos da força mastigatória, podem sofrer desgastes ou, até mesmo, fraturas.

Essa característica é raramente observada na obturação prateada de amálgama, devido à resistência que a liga metálica apresenta.

A obturação com resina composta pode, ainda, apresentar alterações de cor devido aos alimentos pigmentados; esse é um problema para restaurações de dentes anteriores.

Entretanto, a obturação prateada de amálgama também não é estética. Geralmente, a porcelana é o material indicado.

Preparos cavitários extensos

A resina composta não se adequa bem às grandes restaurações.

Isso porque não possui resistência semelhante à obturação prateada de amálgama e pode sofrer fraturas quando utilizada nesses casos.

O material que geralmente é indicado para a substituição da obturação prateada de amálgama, quando há a necessidade, é a porcelana.

Durabilidade reduzida e consequente necessidade de troca

Mesmo sendo citada como um motivo para a troca no item anterior, a durabilidade da resina composta pura, sem a adição de material cerâmico, ainda não é comparável à da obturação prateada de amálgama.

Dito isso, a troca da liga metálica pela resina composta não é tão satisfatória.

O paciente deve ser acompanhado regularmente por um cirurgião dentista para que ele avalie se há a necessidade de substituição da obturação prateada de amálgama. Se a resposta for positiva, provavelmente a porcelana será o material indicado.

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